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IMPACTO DO TRANSTORNO BIPOLAR NA VIDA SEXUAL

Atualizado: há 3 horas



O sexo é uma parte importante na vida da maioria das pessoas e não menos importante para as pessoas que vivem com transtorno bipolar, mas manter uma relação sexual saudável quando bipolar, pode ser tão complexo quanto a própria doença.


Dependendo da pessoa, os comportamentos podem variar de períodos de sexualidade excessiva a períodos em que a libido e a função sexual são seriamente diminuídas. Esse alto nível de variabilidade pode afetar a capacidade de uma pessoa namorar ou manter um relacionamento de longo prazo. Por um lado, a impulsividade associada à mania bipolar pode alimentar comportamentos prejudiciais, enquanto os episódios mais acentuados de depressão podem prejudicar até mesmo os relacionamentos mais sérios.


MANIA E HIPERSEXUALIDADE


A hipersexualidade é um dos comportamentos que pode manifestar como sintoma da mania/hipomania. É definido como a necessidade aumentada de gratificação sexual, caracterizada por inibições reduzidas e/ou desejo por sexo proibido. Embora a hipersexualidade e o vício em sexo não sejam facetas inerentes à mania/hipomania, contudo é importante reconhecer os sinais que estejam relacionadas ao transtorno bipolar.


Esses comportamentos não apenas podem prejudicar relacionamentos estáveis, mas também podem colocar o indivíduo em maior risco de infecções sexualmente transmissíveis e outros danos. Como tal, encontrar a combinação certa de medicamentos

para controlar o quadro de mania/hipomania é considerado essencial para evitar que a hipersexualidade se torne destrutiva.



IMPACTO DA DEPRESSÃO NA FUNÇÃO SEXUAL


A depressão pode matar o desejo sexual. E não é apenas o próprio transtorno de humor que contribui para isso; algumas medicações usadas para tratar a depressão podem sufocar a libido e a capacidade de uma pessoa de funcionar sexualmente.

As pessoas com transtorno bipolar, geralmente nas fases depressivas, muitas vezes passam meses ou até anos com pouco ou nenhum interesse em sexo. Isso torna a busca ou a manutenção de um relacionamento ainda mais difícil. A depressão, por sua própria natureza, alimenta sentimentos de inadequação, culpa, autoestima rebaixada que podem interferir em como a pessoa se sente em relação ao sexo em geral.


O transtorno bipolar pode desafiar as relações sexuais de várias maneiras distintas:


Falta de sono: a exaustão causada pela falta de sono pode tornar a busca por sexo desgastante tanto física como emocionalmente.


Medicamentos: Certos medicamentos usados ​​para tratar o transtorno bipolar (particularmente inibidores seletivos de recaptação de serotonina ou ISRSs) podem diminuir o desejo sexual de uma pessoa e/ou a capacidade de atingir um orgasmo ou ereção. Comente com seu médico sobre isso, pois há possibilidade compensar de outra forma, associando outras medicações para que haja a manutenção da libido.


Ciclo negativo: quanto menos sexo uma pessoa faz, mais ela pode sentir culpa e insegurança perpetuando o ciclo de não se sentir à vontade para a sua realização.


 Autocuidado: a falta de higiene e cuidados que podem ocorrer nos quadros depressivos costuma acompanhar esses sentimentos.


Autoestima: A pessoa bipolar muitas vezes se sentirá fisicamente pouco atraente e indesejável. Sentimentos de inadequação, vulnerabilidade e inutilidade também podem interferir na intimidade.


Embora o tratamento da depressão bipolar deva sempre ser o foco principal, não precisa ser necessariamente em detrimento da libido. Existem maneiras de controlar os efeitos colaterais sexuais das medicações utilizadas sem comprometer o tratamento.


Apesar de ser difícil conviver com o transtorno bipolar, com o tratamento adequado é possível ter uma vida funcional e prazerosa.


CUIDE BEM DE VOCÊ!

Se precisar de ajuda fale aqui


Lucinê Costa e Silva - Psicóloga

CRP04/22623


COMPORTAMETNO DE RISCO NO TRANSTORNO BIPOLAR - Leia



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